"Por ter ascendência africana tenho de trabalhar mais"

É atriz há uma década e lamenta que a sua cor a impeça de ter oportunidade de poder entrar em mais projetos de ficção. A atriz lamenta que nem a considerem para um 'casting'
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"Sinto que por ser mulher e ter ascendência africana tenho de trabalhar muito mais", começa por dizer Cláudia Semedo que admite que já se sentiu discriminada e de uma forma muito clara.

"Obviamente que sinto muito claramente que na ficção portuguesa não se contemplam as diferenças que o país tem. E o nosso país é um caldeirão, temos africanos, chineses, brasileiros... há muitos papéis sem cor que são escritos naturalmente para pessoas caucasianas e eu não estou com palas nos olhos, vejo isso", desabafa.

A também apresentadora do programa Nós, RTP2, sabe que não pode fazer todos os papéis por causa do tom da sua pele, mas assegura que não há igualdade de oportunidades para todos. "Eu sei que não posso ser filha de um Nicolau Breyner e de uma Lia Gama, mas há uma série de papéis que posso fazer e sinto que nem me consideram para casting porque não encaixo no estereotipo de Portugal. Sinto que nem sequer se pensa nisso", acusa.

Cláudia Semedo regessa aos palcos dia 25 de outubro com a peça Paredes Meias, no teatro Amélia ReY Colaço, Lisboa. "É muito bom voltar", diz.

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